
Tocantins mantém força na produção de arroz, mesmo com redução da área cultivada
Segundo o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada de arroz, no Tocantins, deverá reduzir 5,6%, reflexo da concorrência com outras culturas e da oscilação nos preços ao produtor. Apesar desse recuo, o arroz irrigado no Estado continua mostrando desempenho sólido. No ciclo 2023/2024, foram produzidas aproximadamente 560 mil toneladas, consolidando o Tocantins como o terceiro maior produtor nacional. A regularidade das chuvas e a disponibilidade de água para irrigação foram decisivas para garantir o crescimento da produção. Já na safra 2024/2025, o Estado registrou uma produção recorde de 822 mil toneladas de arroz, mantendo-se como o 3º maior produtor de arroz do Brasil pelo décimo ano consecutivo. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro) destaca que os produtores estão se preparando para a safra 2025/2026, com investimentos em pesquisa, tecnologia e infraestrutura. Os principais municípios produtores de arroz irrigado no Tocantins são: Lagoa da Confusão com área plantada superior a 50 mil hectares, seguido por Formoso do Araguaia, Pium, Dueré e Cristalândia.
Tocantins consolida protagonismo na região Norte do país com safra recorde de soja
A safra de soja 2025/2026 do Tocantins está estimada em 1,56 milhão de hectares plantados e uma produção de aproximadamente 5,86 milhões de toneladas. O crescimento é expressivo em relação à safra anterior, quando a área cultivada alcançou cerca de 1,46 milhão de hectares e a produção somou 4,61 milhões de toneladas. A produtividade média também teve avanço significativo, passando de aproximadamente 3.160 kg por hectare para cerca de 3.730 kg por hectare nesta safra, representando um incremento de quase 18%.
O aumento da área plantada e da produção reflete a força do setor agrícola tocantinense, que é o maior produtor de soja da Região Norte do Brasil e aparece na 9ª colocação no ranking nacional. A Agência de Defesa Agropecuária, Adapec, autorizou o plantio a partir de 1º de outubro, com o fim do vazio sanitário.
A safra 2024/2025 foi recorde para o Tocantins, com produção de 9,17 milhões de toneladas de grãos e 5,35 milhões de toneladas apenas de soja, representando um crescimento de 32,7%. Para 2025/2026, o Estado tem projeção de crescimento na safra de grãos em 4,7%, de 9,17 milhões para 9,60 milhões de toneladas.
Aproest avança em tratativas com a ANA para desassoreamento do rio Javaés
O Presidente Wagno Milhomem e o Diretor de Projetos da Aproest estiveram, nesta terça-feira, reunidos com Patrick Thomas, Superintendente Adjunto de Regulação de Usos e Recursos Hídricos (SRE), da Agência Nacional de Águas (ANA). Na pauta, o levantamento topobatimétrico do rio Araguaia na nascente do rio Javaés, que deve subsidiar o desassoreamento daquele trecho do rio.
O volume de areia acumulado naquele ponto impede que o fluxo natural do rio Javaés permaneça ativo, prejudicando as atividades agrícolas que dependem da captação de recursos hídricos, como os indígenas que usam as águas para suas atividades cotidianas e a fauna, que encontra trechos secos na extensão da Ilha do Bananal.O superintendente entregou oficialmente o parecer técnico elaborado pela equipe da ANA, que subsidiou a emissão da Declaração de Regularidade de Serviços não Sujeitos a Outorga da ANA em nome da Aproest. Na sequência, foram discutidos os próximos passos, relacionados à obtenção da licença ambiental para o desassoreamento (ou a dispensa dela) junto ao IBAMA, e as anuências da FUNAI e ICMBio, para os quais a o superintendente se colocou à disposição, junto com a sua equipe, para colaborar e participar das reuniões.
Conforme o planejamento fechado na reunião, o objetivo é iniciar o desassoreamento no próximo período de estiagem, que deve se iniciar após abril de 2026. Há diversas ações necessárias, mas a Aproest, através do seu corpo técnico, tem trabalhado para apoiar os usuários do rio Javaés nesse desafio.

Frísia realiza treinamento sobre plantio e reforça compromisso com a eficiência produtiva no Tocantins
A Frísia Cooperativa Agroindustrial promoveu, na última terça-feira, 7, em parceria com a Massey Ferguson, um dia de campo voltado à capacitação técnica em plantabilidade, tema essencial para o aumento da produtividade e o uso eficiente de insumos nas propriedades rurais. O treinamento foi realizado na Fazenda Produtiva, em Pium, na propriedade do cooperado Agostinho/Agni, e reuniu produtores e equipes técnicas da região.
Durante a programação, os participantes aprofundaram conhecimentos sobre regulagem, manutenção e boas práticas de semeadura, com foco em reduzir falhas no plantio e promover uma emergência mais uniforme das lavouras. De acordo com Moacir Oliveira, coordenador comercial da Frísia no Tocantins, a capacitação é estratégica para o início de cada safra e reforça o papel da cooperativa em apoiar o desenvolvimento técnico dos produtores. “A importância desse treinamento é muito grande, porque um dos principais insumos de qualquer agricultor é a semente. Por isso, é essencial associar o maquinário às técnicas corretas de plantio. Não adianta ter uma semente de alta qualidade sem uma boa plantabilidade. Esse equilíbrio é o que garante um plantio uniforme, e traz uma safra mais regular e satisfatória”, destacou Moacir. Entre os participantes, o cooperado Rafael Staniszewski ressaltou que o conhecimento técnico é decisivo para o sucesso da safra no Tocantins.“Com as particularidades de clima e solo no Estado, é necessário buscar o máximo de informações sobre a plantabilidade para que possamos alcançar bons resultados de produtividade”, afirmou. Ele também destacou a importância do suporte técnico oferecido pela cooperativa.“É deextrema necessidade o conhecimento e as informações que os técnicos nos trazem. As atualizações e o acompanhamento da equipe da Astec se refletem diretamente em eficiência e rentabilidade na lavoura”, completou Rafael. A iniciativa faz parte das ações da Frísia voltadas à capacitação técnica e ao fortalecimento do cooperativismo no Tocantins, estimulando o uso eficiente de recursos, a troca de experiências entre cooperados e o desenvolvimento sustentável das propriedades.

Frente Parlamentar do Agro da Aleto cria comissão técnica para estudar o REDD+
Criação de uma comissão técnica para estudar e debater o Programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) do Governo do Tocantins.
Essa foi a principal definição decorrente da reunião da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), realizada na tarde dessa terça-feira, 23, na sala de reuniões da Presidência da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). Proposta pelo deputado Gutierres Torquato (PTD), que preside a Frente, a medida foi acatada pelos deputados presentes e pelos representantes do agronegócio do Estado, como forma de garantir entendimento e transparência acerca do programa. "Diante dos questionamentos dos representantes do agronegócio do nosso Estado sobre esse programa, a ideia é que a comissão esclareça dúvidas, dando transparência e publicidade ao REDD+", destacou Gutierres.
Durante a reunião, os deputados presentes colocaram-se à disposição para buscar esclarecimentos sobre a execução do programa. Além do presidente Amélio Cayres (Republicanos), compareceram os Deputados Dr. Danilo Alencar (PL), Cláudia Lelis (PV), Luciano Oliveira (PSD) e Eduardo Mantoan (PSDB). "Precisamos desses questionamentos para entender detalhes dos problemas que podem ser sanados por meio do conhecimento sobre o contrato", disse Amélio Cayres. Gutierres destacou a importância de analisar minuciosamente o contrato para garantir transparência e segurança jurídica às partes envolvidas. Como resultado do debate, foi aprovada a criação de uma comissão de estudo técnico para analisar o contrato do REDD+. De acordo com o parlamentar, a comissão terá como objetivo aprofundar a análise das cláusulas contratuais, bem como seus impactos econômicos, sociais e ambientais no Tocantins. "A expectativa é que, com a análise técnica, seja possível garantir que o programa beneficie o Estado de forma sustentável, sem prejuízos aos setores produtivos, em especial o agronegócio", esclareceu Gutierres. O programa, de acordo com o Governo do Estado, o Programa REDD+ do Tocantins é uma iniciativa pioneira que valoriza a conservação das florestas e a redução de emissões de gases de efeito estufa no setor florestal e no uso da terra. O programa abrange toda a área do Estado, ou seja, 27,7 milhões de hectares, com uma área de floresta em torno de 11 milhões de hectares nos biomas Amazônia e Cerrado.
